Rádio Lemos FM

Aproveite 24 horas de programação ao vivo, com os melhores radialistas da nossa terra e grandes vozes do sul do país!

JUSTIÇA ARQUIVA CASO DE PASTOR QUE SUGERIU “UNÇÃO NAS PARTES ÍNTIMAS”

Relatos envolvem até 40 possíveis vítimas, mas processo foi arquivado por falta de provas formais.

 

 

Na última segunda-feira 16 de junho, o Ministério Público de São Paulo (MPSP) pediu – e o Tribunal de Justiça paulista atendeu – o encerramento do inquérito que apurava denúncias de assédio sexual contra o pastor Humberto Lima Miguez, líder da Igreja Evangélica Crescendo em Cristo (IECC), zona leste da capital.

Mulheres que registraram boletins de ocorrência garantem que jamais foram convocadas para depor nem puderam apresentar provas – prints de conversas e áudios. O MPSP sustenta o contrário, afirma que todas foram ouvidas e promete sigilo total do processo. As denunciantes prometem recorrer.

ACUSAÇÕES QUE CHOCAM

Segundo os relatos, Miguez enviava mensagens insinuando “ungir as partes íntimas” de fiéis, comentava sobre roupas íntimas e, em alguns casos, chegou a tocar as vítimas dentro da igreja. Pelo menos sete boletins de ocorrência foram protocolados; testemunhas falam em até 40 possíveis alvos.

Para a promotora Cristiane Yoko Shida, as abordagens foram “invasivas e reprováveis”, mas não configuram assédio ou importunação sexual previstos nos artigos 215 e 216 do Código Penal. Faltaria prova de “vantagem sexual” obtida pela posição de poder do pastor ou qualquer ato libidinoso concreto.

EXEMPLO QUE PESOU

Até o episódio mais citado – a proposta de unção nas partes íntimas – ficou restrito a “sugestão”. A única mulher que alega ter sofrido toque físico não registrou BO, enfraquecendo a materialidade.

O QUE DISSE O PASTOR

Em depoimento à Polícia Civil, Miguez admitiu “excesso nas palavras” e atribuiu a ousadia à autoridade espiritual que lhe conferiam. Negou conotação sexual nos comentários, confessou interesse romântico por uma das vítimas e explicou ter mandado apagar mensagens temendo o marido agressivo da mulher.

POLÍCIA CONTESTADA

As denunciantes acusam um escrivão de dispensar as provas que pretendiam anexar e de incentivar relatos antigos – há 15 anos – apenas como testemunho, não como nova vítima. A Secretaria da Segurança Pública não se manifestou.

PROCESSO NÃO ACABOU

Além do BO coletivo de quatro mulheres (origem do inquérito arquivado), há outros três boletins por assédio e importunação sexual contra o pastor. Eles permanecem ativos, mantendo a chance de novas investigações.

Até o fechamento desta matéria, nem Miguez nem a IECC responderam às solicitações de esclarecimento.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Publicidade
Publicidade
QUEM JUNTAR MAIS CARTELAS GANHA!