O canal do religioso é atualmente o maior do Brasil no YouTube, com 58 milhões de inscritos.
O humorista cristão Jonathan Nemer gerou grande repercussão nas redes sociais nesta quarta-feira (16) ao denunciar que estava inscrito no canal do bispo Bruno Leonardo no YouTube sem jamais ter feito isso por vontade própria. Surpreso, Nemer publicou um alerta irônico e indignado, que rapidamente atraiu a atenção de milhares de internautas: “Nunca vi esse cara, não faço ideia de quem seja… Por que ele tem 58 milhões de inscritos? E por que eu sigo o canal dele sendo que nunca me inscrevi?”, escreveu.
Nemer ainda cobrou explicações do próprio líder religioso e da plataforma de vídeos: “Ou ele é tão de ‘Deus’ que faz até o povo segui-lo contra a vontade”, ironizou.
O comediante incentivou seus seguidores a verificarem se também estavam inscritos automaticamente. O apelo surtiu efeito — nos comentários, diversas pessoas relataram o mesmo ocorrido.
“Acabei de abrir o meu e estou seguindo. Nunca me inscrevi, como assim?”, comentou uma usuária. “Você acredita que eu fui ver no YouTube e eu estava inscrita também? Nunca vi esse ser na vida. Já cancelei”, relatou outra.“Meu Deus, eu também! Nunca nem ouvi a voz desse homem”, escreveu mais uma internauta.
Muitos usuários expressaram desconforto com o que consideraram uma manipulação digital e passaram a questionar a autenticidade dos números de inscritos do canal.
O canal do bispo Bruno Leonardo é atualmente o maior do Brasil no YouTube, ultrapassando inclusive nomes como Felipe Neto e Lucas Neto. Com 58 milhões de inscritos, o religioso publica orações em três horários diários (5h, 18h e meia-noite) e costuma alcançar milhões de visualizações por vídeo. Ele também possui ampla presença em outras plataformas: mais de 10 milhões de seguidores no Instagram e mais de 1 milhão no TikTok.
Até o momento, nem o YouTube nem o bispo Bruno Leonardo se manifestaram oficialmente sobre as “denúncias”.
O caso levanta dúvidas sobre possíveis falhas na plataforma ou práticas que envolvam inscrição automática, e levanta suspeitas sobre a transparência de métricas em grandes canais religiosos.