
O pastor Silas Malafaia, líder da Assembleia de Deus Vitória em Cristo, voltou a protagonizar fortes declarações após ser incluído no inquérito da Polícia Federal que investiga uma suposta tentativa de golpe de Estado envolvendo o ex-presidente Jair Bolsonaro, o deputado Eduardo Bolsonaro e o jornalista Paulo Figueiredo.
A investigação apura possíveis crimes de coação no curso do processo, obstrução de investigação de organização criminosa e tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito.
Críticas à Polícia Federal e a Moraes
Ao receber a notícia, Malafaia gravou um vídeo em tom de indignação, acusando setores da Polícia Federal de agirem a serviço do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e do ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes.
O pastor reclamou por não ter sido notificado oficialmente pela PF e disse ter descoberto sua inclusão no inquérito por meio da GloboNews, após suposto vazamento de informações.
O religioso também negou ter qualquer envolvimento com autoridades estrangeiras, ressaltando que “não fala inglês” e nunca teve contato com representantes do governo americano, apesar de seu nome constar no procedimento investigativo.
“O Brasil caminha para a Venezuela”
Em seu discurso, Malafaia afirmou que o país estaria se aproximando de uma realidade semelhante à da Venezuela, onde, segundo ele, criticar autoridades se tornou um crime. Baseado em sua interpretação da Constituição, o pastor disse que continuará denunciando o que considera abusos cometidos por Alexandre de Moraes, a quem acusou de extrapolar seus poderes.
Vídeo preparado para o “dia da prisão”
Malafaia declarou que não teme ser preso e revelou ter deixado pronto um “vídeo bombástico”, entregue a pessoas de confiança, para ser divulgado imediatamente caso seja detido. “Se me prenderem, eles vão ver o que vai acontecer no Brasil”, disparou.
Ele ainda acrescentou que o ex-presidente Jair Bolsonaro teria preparado materiais semelhantes para o mesmo cenário, reforçando a tensão em torno da investigação.


