O ex-prefeito cassado de Codó, Zé Francisco, parece ter feito da política um palco de traições sucessivas. De promessa em promessa, ele acumula rompimentos e acordos que terminam sempre no mesmo ponto: interesses pessoais e cifras milionárias.

Primeiro, jurou fidelidade a Eduardo DP e à candidatura de Larissa DP. Pouco tempo depois, abandonou o barco e apareceu de mãos dadas com Fábio Gentil, prometendo apoio à filha, Amanda Gentil. A “paixão” política esfriou rápido, e logo Zé se lançou nos braços do deputado Eric Costa, que ofereceu alguns meses de mandato ao suplente Pedro Neres. No entanto, o romance terminou antes mesmo de começar.

Sem saída — e sem dinheiro — Zé Francisco encontrou novos “amores políticos”: Gleydson Resende e Pedro Lucas Fernandes. Dessa vez, o ex-prefeito firmou um acordo com um deles no valor de R$ 1,5 milhão. A primeira parcela, de R$ 300 mil, já foi paga, e em troca Zé se comprometeu a entregar 5 mil votos nas eleições de 2026.

Nossa equipe de reportagem descobriu a estratégia de Zé Francisco: sustentar a mentira de que será candidato a deputado federal e, no apagar das luzes, retirar a pré-candidatura para anunciar apoio a Gleydson (estadual) e Pedro Lucas (federal).

O problema é que, ao agir assim, Zé Francisco não trai apenas os políticos que ilude. A grande traição é contra a população que insiste em acreditar nas suas palavras. O ex-prefeito cassado já deixou clara sua marca na política de Codó: a de um traidor profissional, capaz de vender apoios, alianças e esperanças sem o menor constrangimento.