O prefeito Francisco Carlos de Oliveira, o Chiquinho do PT, surpreendeu a base governista e causou constrangimento público ao vereador Leonel Filho ao vetar o Projeto de Lei nº 19/2025 — de autoria do próprio aliado — que rebatizava o Campo do Tiro de Guerra como “Campo da Pegada”.
A decisão foi lida na sessão desta terça-feira (21) da Câmara Municipal pelo vereador Pastor Max e caiu como um verdadeiro balde de água fria sobre Leonel Filho, conhecido nos bastidores políticos como o maior defensor — e também o mais fiel puxa-saco — do prefeito.
O veto ocorre após a forte repercussão negativa e a investigação aberta pelo Ministério Público do Maranhão, que apura denúncia de uso político e eleitoreiro do espaço público. O projeto, aprovado no fim de setembro, foi apontado como uma tentativa de promover o slogan político de Chiquinho do PT e de seus aliados em plena pré-campanha eleitoral.
Antes mesmo da aprovação da lei, o nome “Campo da Pegada” já havia sido pintado nos muros do local e amplamente divulgado pela prefeitura nas redes sociais, o que acabou reforçando a tese de promoção pessoal e abuso de poder político. A repercussão foi tão grande que o caso virou alvo de investigação do MP e se transformou em um dos episódios mais constrangedores da atual gestão.
Ao vetar o projeto, Chiquinho do PT tenta se desvincular da polêmica e reduzir o desgaste político, mas a decisão acabou expondo ainda mais as divisões internas do grupo governista. O gesto foi visto como um recado direto ao vereador Leonel Filho, que sai fragilizado e desacreditado até entre os colegas da base.
O episódio mostra que, na “pegada” de Chiquinho, até os mais fiéis aliados podem ser deixados para trás quando o custo político aperta.
