Cassado por nepotismo e omissões no Portal da Transparência, Zé Francisco perdeu os direitos políticos e não pode concorrer a nenhum cargo eletivo nas próximas eleições, a menos que consiga reverter a decisão na Justiça — o que até agora não aconteceu.

Mesmo inelegível, o ex-prefeito já passou o ano inteiro tentando se manter nos holofotes. Durante o carnaval, apareceu ao lado do empresário Eduardo DP e garantiu apoio à candidatura de sua esposa, Larissa DP, para deputada federal. Dias depois, mudou o discurso e surgiu abraçado com o prefeito de Caxias, Fábio Gentil, anunciando apoio à reeleição da deputada Amanda Gentil, filha do gestor. Agora, em mais uma reviravolta, Zé Francisco resolveu dizer que ele mesmo será candidato — uma narrativa totalmente fora da realidade.

A verdade é que qualquer tentativa de registro de candidatura por parte de Zé Francisco será facilmente contestada. Basta um simples pedido de impugnação — que pode ser feito por qualquer cidadão — para que ele seja forçado a sair da disputa. Caso insista em disputar o pleito “sub judice”, seus votos serão anulados, gerando apenas mais desgaste e frustração para o grupo que ainda acredita em seu nome.

Nos bastidores, políticos experientes já classificam a atitude de Zé Francisco como “desespero de quem tenta se manter relevante”. Para ex-aliados, o ex-prefeito deveria focar em tentar reverter sua situação jurídica antes de sair espalhando uma candidatura que, na prática, não existe e não se sustenta diante da lei.

Zé Francisco foi cassado no dia 10 de dezembro de 2024, após longo processo conduzido pela Comissão Processante da Câmara. A sessão foi autorizada após o desembargador Jamil Gedeon, do TJ-MA, reconhecer a legalidade do trâmite. O magistrado deixou claro que não havia elementos capazes de anular a decisão do Legislativo Municipal.

Enquanto isso, Zé Francisco segue fazendo promessas e alianças que duram pouco, mudando de lado ao sabor do vento. Inelegível e sem base sólida, o ex-prefeito parece mais preocupado em alimentar sua vaidade política do que enfrentar a realidade jurídica que o impede de disputar as eleições de 2026.