Religioso pede que agressor colha na prisão o que plantou na vítima.
O evangelista Caio César voltou a ganhar destaque nas redes sociais após publicar um vídeo com forte teor de crítica social, reação indignada e apelo espiritual.
Em resposta a uma pergunta enviada por um seguidor — “Por que ninguém ora pelo rapaz que deu 61 socos na namorada no elevador?” — Caio reagiu com uma oração contundente, marcada por ironia e senso de justiça.
“Pai, que esse rapaz se arrependa, que ele tenha um encontro com o Senhor, e que na cadeia em que ele for preso, ele encontre pessoas que tenham a mesma piedade que ele teve daquela moça”, declarou.
Com tom firme e indignado, o evangelista continuou:
“Que o Senhor abençoe ele duas vezes mais, três vezes mais, cinco vezes mais do que ele fez com ela. A colheita vai ser grande, Senhor. Que dê tempo dele se converter antes de partir pra te encontrar.”
A fala ganhou ampla repercussão no Instagram onde ele tem forte influência e acumula 375 mil seguidores, sendo interpretada como uma crítica direta à impunidade e à banalização da violência contra a mulher.
Relembre o caso: 61 socos dentro de um elevador
O crime ocorreu em Natal (RN) e foi registrado pelas câmeras internas de um elevador de condomínio. As imagens mostram o agressor, identificado como Igor, desferindo ao menos 60 socos contra a então namorada, que ficou com o rosto completamente ensanguentado.
Segundo relatos, a briga teria começado em uma área comum do condomínio, onde o casal participava de um churrasco com amigos. Por ciúmes, Igor jogou o celular da companheira na piscina e logo após subiu ao apartamento para recolher seus pertences.
Dentro do elevador, ele a mandou sair, mas ela se recusou justamente por saber que o local estava sendo filmado. Foi nesse momento que a violência ocorreu. O segurança do condomínio, ao acompanhar as imagens em tempo real, acionou a Polícia Militar. Igor foi contido por moradores assim que o elevador chegou ao térreo e preso em flagrante. A vítima foi socorrida ao Hospital Walfredo Gurgel.
A Polícia Civil investiga o caso como tentativa de feminicídio. A delegada Victória Lisboa, da Delegacia de Atendimento à Mulher, relatou que o agressor alegou “surto claustrofóbico” e justificou a agressão dizendo que teria descoberto uma traição e que a vítima rasgou sua camisa antes da explosão de violência
